Gold no Canadá...

sábado, novembro 24, 2007

Eu sei...




Post rapidinho, só para compartilhar um teste legal com vocês.

Eu sei que a gente não deve confiar em tudo que vê pela internet, mas quando favorece, a gente até que confia um pouquinho...

Vi um teste de QI no blog do Ismael e resolvi fazer... e segundo o teste, eu sou inteligente... óóóóó, te mete comigo, eheheheh!!!!!!!

De qualquer forma, o teste é legal e acho que vale a pena ser compartilhado.

Abraços e bom final de semana,

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quinta-feira, novembro 22, 2007

E ela já voltou !



Amigos,

Esta madrugada tivemos nossa primeira nevasca do ano na região. Eu já tinha visto que no norte do Quebec e de Ontario, muitas cidades já haviam tido grandes quantidades de neve, mas para a gente até agora só frio e chuva.

E eu sempre penso o seguinte, já que vai fazer frio, que pelo menos tenha neve, porque assim dá para sair sem guarda-chuvas.

Somente hoje, tivemos 15 cms de neve aqui na região e apesar da neve estar acumulada, não é esperado que fique de vez, porque a temperatura vai subir um pouco acima de zero na semana que vem e com isso a grande parte desta neve de hoje deve degelar.

Bom, a chegada definitiva do frio me causa o seguinte efeito: tirar todas as roupas de frio que ainda estavam no fundo do guarda-roupas e hoje, fui forçado a voltar a utilizar minhas botas de neve, que estavam esquecidinhas no armário. Fazer o que?

Eu tinha esquecido o quanto botas de neve podem ser incômodas no começo, mas logo a gente acostuma, e enquanto ainda estou empolgado com a neve, estou achando tudo lindo. Sei que daqui a um mês no máximo já vou estar que nem o brasileiro daquela piada, que no começo acha tudo lindo e no final já está chamando neve de merda branca e daí por diante.

Nesta época do ano, que eu lembro mais do que nunca porque ainda não penso muito em comprar um carro aqui, porque nesta época vejo as pessoas tendo que dirigir com uma nevasca pela frente e toda vez que vc para o carro, se nevar, tem que ficar no frio, raspando o pára-brisas para tirar o gelo e a neve... e daí por diante. Hoje ao sair para trabalhar, vi um carro tirando o gelo do seu carro, mais ou menos no esquema do videozinho que tem aí na barra lateral, e quase comecei a cantar: rá rá, eu to indo de ônibus... mas como eu não queria arrumar briga e nem arriscar arrumar inimizades, eu só pensei comigo mesmo...

Abraços a todos,

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domingo, novembro 18, 2007

Noite de sábado...



Amigos,

Depois de um ano morando aqui e quando começo a acreditar que já conheço um pouco mais da cidade, sempre acontece um novo fato para me lembrar que eu sou lerdo.

Ontem passei o dia na casa de uma amiga fazendo uma maratona de filmes de terror (SAW), porque tenho que ver este tipo de filme de dia por razões óbvias... até aí tudo bem.

Sai da casa dela às 10:30 da noite, e como bom conhecedor da cidade que sou, verifiquei no site da OC transpo, os horários dos onibus que eu teria que tomar para chegar em casa.

Então fui eu, todo tranquilo e inocente pegar meu onibus até um certo local, mais perto do centro da cidade, para depois chegar no centro da cidade e finalmente pegar meu busão para Gatineau. Tudo foi milimetricamente pensado e planejado, ou seja, sairia da casa dela às 10:30, chegaria no outro ponto às 10:45, pegaria o outro onibus às 11:05, chegaria no centro da cidade às 11:35 e pegaria o último onibus para Gatineau às 11:45.

Só que ninguém me disse que na minha primeira conexão, o onibus que eu deveria pegar, passaria nas duas direções (indo para o meu destino e vindo do meu destino), e no mesmo ponto. Sendo assim, e segundo a Lei de Murphy, o ônibus vindo da direção que eu queria ir, passa primeiro (obviamente...), e eu, com sono e frio, simplesmente vejo o bendito número do ônibus e entro. 20 minutos depois, quando eu imaginei que já deveríamos ter chegado, pergunto ao motorista se ainda estávamos longe do centro da cidade. Ele me olha com a cara mais assustada do mundo e só me pergunta: onde vc está querendo chegar? Quando eu respondi que queria chegar no Centro Rideau, ele me olhou e só disse com um sorriso malígno nos lábios: vc está exatamente na direção oposta, estamos chegando em South Keys...

Depois de alguns momentos de reflexão e pânico, porque um taxi de South Keys para minha casa sairia por pelo menos uns 50 dolares, perguntei a ele se ainda haveriam onibus indo na direção que eu queria àquela hora, ele me disse que sim, que ele mesmo faria o trajeto, mas que só seria daqui a meia hora. Ou seja, eu só pegaria o outro busão lá pelas 11:40, quase uma hora até o centro da cidade e meu último onibus para atravessar a fronteira (como o pessoal daqui costuma dizer quando vem para Gatineau), já se foi há muito tempo).

Neste ponto da noite, eu tinha 2 opções: uma era gastar uns 25 dólares e pegar um taxi para chegar em casa e a outra era dormir em frente ao Centro Rideau, provávelmente abraçado com a louca que mora em frente à livraria Chapters e que toda vez que me vê me pergunta: what are you doing here? (o que vc está fazendo aqui?) como se esperasse que eu estivesse em outro lugar. Optei pelo taxi não só pelo fato que não queria dormir na rua, mas porque a temperatura ontem a noite chegou a -8C.

Abraços a todos e que venha o domingo

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quarta-feira, novembro 14, 2007

Chegou o natal



Primeiramente, e antes de receber quaisquer protestos: aos que me conhecem já há algum tempo, sabem que desde que me entendo por gente, já começo a cantar músicas de natal desde setembro... e minha mãe todo ano, ficava me segurando para eu não montar a árvore de natal antes do final de novembro ou começo de dezembro. Mas agora que estou por aqui, parece que as lojas estão em pleno acordo comigo, porque desde final de outubro, tudo já está enfeitado para o natal.

Parece que todos estão apenas esperando a neve para completar a paisagem.

Este é o segundo período natalino que passo no Canadá e está sendo bem melhor do que o primeiro porque no ano passado eu estava muito depre por estar longe da minha família e amigos, e ainda por cima não conhecer ninguém. Mas este ano, as coisas estão melhores e agora sim, estou aproveitando a magia (e as promoções)do natal aqui.

No começo de dezembro acontece aqui em Ottawa, a cerimônia das luzes. Nesta cerimônia acendem ao mesmo tempo milhares de luzes por toda a cidade. E eu, por sinal, estou doido para ir. No ano passado, eu também fui, mas foi o primeiro dia em que fez muuuito frio no ano passado, então eu estava com tanta dor nos dedos de frio que nem aproveitei muito o festival, mas de qualquer forma, foi lindo.

E seguimos em frente, correndo atrás de promoções de natal.

Abraços,

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sábado, novembro 03, 2007

Certas coisas



Queridos amigos,

Primeiramente queria agradecer a todos pelos comentários e mensagens de apoio. Neste um ano de blog, tive a oportunidade de conhecer bons amigos. Conheci alguns ainda no Brasil, quando estive lá em janeiro e encontrei alguns deles aqui no Canadá, e tem sido um grande prazer.

Bom, vamos aos fatos: agora que o frio já começou, tem algumas providências básicas a serem tomadas, como por exemplo dar uma arrumada no armário e colocar todas as roupas de verão no fundo do baú, porque se não vamos usar certas peças de roupas por 6 meses, não tem sentido manter junto com as outras, né?

Uma outra coisa que tive que fazer foi já trocar o tipo de roupa de cama (dica dada por amigos canadenses). No inverno é mais negócio usar roupas de cama de flanela porque esquentam mais durante a noite, mesmo que o apartamento seja aquecido e tudo o mais, durante a noite quando não estamos nos movimentando, o frio nos lençois pode de acordar, e acreditem, isso tem me acordado sim. Sendo assim, troquei e coloquei lençois de flanela...

E resolvi colocar abaixo alguns fatos para complementar o post passado de aniversário de um ano:

Coisas que ainda não entendo:

* Se o povo daqui é tão preocupado com a saúde, porque fuma tanto???
* Como a maconha é tão banalizada aqui??? (nada contra, eu só não entendo...)
* Por que Burguer King e MacDonald's aqui são tão limpos quanto uma pastelaria de rodoviária e para abrir uma franquia no Brasil, é preciso ser mais limpo do que um hospital (não que isso seja uma coisa ruim...)?
* Por que a maioria das portas dentro de uma casa, incluindo a porta do banheiro, não têm fechaduras?
* Por que as mães aqui continuam carregando os filhos nos carrinhos de bebê até uns 3 ou 4 anos????


Coisas que ainda pago mico:

* Esquecer de regular o termômetro dentro de casa e passar frio, e só descobrir no dia seguinte;
* Esquecer de ativar a porta do ônibus para abrir e ficar esperando que o motorista abra, enquanto isso, todo mundo dentro do ônibus fica olhando para mim e se perguntando qual o problema comigo???
* Não regular direito a temperatura da água quando vou tomar banho e me queimar, ou receber um jato de água gelada na cara de vez em quando;


Coisas que agora entendo e continuo achando um absurdo:

* Por que aqui no Canadá, quando ligamos para alguém, tanto quem faz, quanto quem recebe a chamada pagam pela mesma chamada?
* Quando compramos qualquer coisa aqui, os preços são separados para cada parte do produto que estamos comprando, por exemplo, ao comprar uma cama: um preço para o colchão, outro preço para a cabeceira da cama, outro preço para o resto do conjunto para montar a armação da cama;
* Por que a Suíça, que é do tamanho de um ovo, consegue viver com quatro línguas oficiais (alemão, francês, italiano e romanche) sem que seus habitantes queiram se matar, e aqui, com duas línguas e duas culturas o povo aqui fala uns dos outros como se fossem de países distintos??? (Veja bem, eu disse que AGORA ENTENDO, mas continuo achando um absurdo, depois voltarei a escrever um novo post sobre isso)
* Por que alguns condomínios e hotéis aqui aceitam pessoas com animais, mas não aceitam pessoas com crianças??

Estas são apenas algumas das coisas que lembrei, mas é tanta coisa que acabo nem lembrando...

Bom, como já estão prevendo neve para daqui a alguns dias e no norte do Quebec outro dia teve uma tempestade de neve, que nevou 40 cms num único dia, eu desconfio que o inverno já está aqui... mas vai saber...

Abraços,

PS - Enquanto isso, a saudade começa a aumentar e para me distrair, vou escutando "Asa Branca"... ehehehe, outro dia um amigo me ligou do Brasil e eu estava escutando asa branca a todo vapor aqui em casa... ele ficou assustado e me perguntou se eu tava morando em Fortaleza...ehheheheh

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quinta-feira, novembro 01, 2007

1 ano




Era uma vez,um menino buchudinho nascido na terra vermelha do planalto central.

Este menino teve a sorte de nascer em meio a uma família muito especial, e foi criado por pais que lhe ensinaram como ser uma pessoa honesta, e buscar sempre ser a melhor de si.

Ele cresceu, estudou e para não deixar este post muito longo, imigrou para o Canadá, ou seja, ele sou eu.

Hoje, completo um ano que cheguei ao Canadá. Um tipo diferente de aniversário que nos faz pensar no quanto o tempo passa rápido.

Há um ano, eu desembarcava em Toronto às 8:25 da manhã e ouvia o oficial de imigração dizer o famoso: seja bem vindo ao Canadá. E ao sair do aeroporto, chorei.

Sinceramente não achei que fosse conseguir ficar aqui. Me sentia sozinho demais, não gostava da comida, e achava o clima frio demais, e olha que era novembro (como eu era inocente, não tinha visto nada...), mas com o tempo as coisas se ajeitaram, hoje,tenho meu apartamento, amigos e já conheço a cidade razoávelmente bem. Já tive a oportunidade de conhecer outras cidades do Canadá que eu sempre tive vontade (como Toronto e Montreal, por exemplo, mas ainda falta a cidade de Quebec e Vancouver) e acima de tudo cresci como pessoa mais do que eu podia imaginar.

Aprendi cosias como me vestir adequadamente para sair na rua a temperaturas de -20C, aprendi que não é esperto deixar entrar neve no seu casaco (porque como está quente dentro do casaco a neve derrete e você fica todo molhado) e que coisas como luva e cachecol não são frescura, e sim necessidades.

Aprendi acima de tudo, a valorizar ainda mais minha família e amigos e ao mesmo tempo, a cuidar de mim mesmo sem contar com a ajuda reconfortante da minha família.

Imigrar é renascer. Muito mais do que se imagina. Temos que reaprender as coisas mais simples e as tarefas que no Brasil eram feitas automaticamente, aqui podem ser complicadas no começo, pois todas as nossas referências não existem mais no novo país. A grande maioria dos produtos que já conhecemos e gostamos não existem aqui, temos que recomeçar do zero, testar os produtos, procurar, conhecer e descobrir aos poucos. Tirar todos os documentos novamente, absolutamente tudo.

O Canadá que conheci quando cheguei, era um país com árvores sem folhas e muitos dias sem sol, e ao longo deste ano, vi um inverno que chegou atrasado,mas que quando chegou trouxe muita neve e culminou com um dia em que a temperatura chegou aos -42C; uma primavera ensolarada e cheia de Tulipas, onde finalmente vi que as árvores no Canadá têm folhas; um verão quente de não deixar nada a dever aos verões brasileiros (a não ser pelo detalhe que é beeeeeem mais curto) com direito a praia e tudo mais; um outono lindo, com temperaturas agradáveis e cheio de árvores com folhas que mudaram de cores e agora estou novamente às portas do meu segundo inverno. Um ano, tanta coisa em tão pouco tempo.

Neste período perdi pessoas muito importantes para mim que estavam no Brasil, pessoas que não tive como me despedir, e isso dói. Só quem mora longe daqueles que ama, sabe o quanto isso dói. Nestes momentos, me questionei várias vezes o que eu estava fazendo aqui, porque a sensação de impotência é muito grande. Não podemos nem mesmo estar perto dos amigos para dar uma palavra amiga e isso machuca muito...

Ao longo deste ano, me perguntaram diversas vezes se valeu a pena vir. Até agora posso dizer que sim. Sair na rua sem medo, pagar impostos e ver o retorno deles na sua frente todos os dias e ter certeza que seu dinheiro não foi parar em nenhum esquema dos nosso ótimos políticos, cidade limpa, sistema de transporte público que funciona, tudo isso facilita a nossa vida de uma forma que a maioria das pessoas nem imagina.

Já me perguntaram também se resolvi ficar aqui de vez. Sinceramente: não sei. Pode ser que eu esteja aqui há pouco tempo, mas não consigo me imaginar passando minha velhice no inverno canadense. Talvez isso mude, mas agora esta é a idéia que tenho no cabeça.

Apesar disso tudo, sei que a jornada está apenas começando e espero ter forças para continuar, porque o caminho é longo...

Abraços a todos e que venha o ano 2,

Goldman.